25 Nov
25Nov

Despi o teu corpo de Mulher 

Admirei-o, seduzi-o, fi-lo meu 

Desfolhei-o com todo o meu bem-querer 

E o meu corpo se fundiu ao teu. 


Cobri-o com carícias de cetim 

E num jeito muito próprio de ser 

Tatuei-o com batom de cor carmim. 


Vesti o teu corpo com doces afagos 

Adornei-o de vontades e beijos 

Senti-o escaldante, ardendo em desejos 

Erótico, frenético, arrojado 

Grito suavizado no toque dos dedos. 


Rasei minha língua, qual pincel 

Nas tuas formas cheias, robustas 

E com pinceladas ousadas, astutas 

Desenhei-lhes novas ilhas de mel 

Onde loucamente nos amamos 

Onde livremente somos quem queremos. 


Amor ardente, lava de vulcão incandescente 

Delirando de prazer, imploras mais de mim 

Em êxtase, a essência fundimos por fim 

Na volúpia de um orgasmo transcendente. 


Arrebatado por ti, um outro de mim 

Num corpo diferente. 


In A ARTE DE POETISAR – 50 Pinturas/50 Poetas 

Infinita, Grupo Editorial


Dulci Ferreira, a autora do poema

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