Quem és tu, Luís de Camões, que o tempo não apaga?
Pouco se sabe da tua vida, mas tua obra nunca será esquecida.
Falam das tuas paixões avassaladoras, dos teus amores frustrados e turbulentos, da tua Dinamene que partiu antes de ti!
Ó como sofreste, Camões !
Como sentiste a falta daquela chinesinha , que nunca deixaste de querer! Imortalizaste a existência deste amor na tua Poesia, sentado na areia, olhando o mar e suspirando de saudade!
Quem és tu, Luís de Camões, que o tempo não apaga?
Foste incompreendido, mal tratado, preso, exilado, acusado de desordem e desacato e na tua pena te refugiaste!
Fizeste dela a cela das tuas palavras, dos teus versos, das tuas rimas e redondilhas, cantaste o nobre Povo, a nação valente e imortal, e com coragem e bravura do mar os salvaste!
Quem és tu, Luís de Camões?
És o poeta da epopeia dos descobrimentos, escrita contra a vontade dos deuses e contra os ventos, à semelhança de Homero e Virgílio.
Dás corpo aos deuses, vences a fúria do gigante Adamastor, choras com Inês de Castro, expandes a cultura, engrandeces o império, enches de vitórias “O peito ilustre lusitano”.
Quem és tu , Luís de Camões?
Não, não és um mito, nem uma lenda!
Não és um Velho do Restelo!
És a grande epopeia “Os Lusíadas”,
és a verdade,
és a beleza literária,
és universal e para sempre o maior Poeta de Portugal.
Celeste Almeida: Autora do texto