17 Dec
17Dec

(em Vós nos vemos e lemos, Senhor!) 

Devagar se vai longe - diz-se por aí 

E eu só desejo encontrar a paz 

Que sempre me vem de Ti. 

Talvez a descubra na força das marés 

Que agitam os mistérios do oceano 

Ou na suavidade da relva verde dos prados 

Quando a primavera se faz florescer 

Quiçá, a encontre na brisa que afaga a tez 

Ou no sopro forte do vento 

Que faz ondear as copas das árvores… 


Quiçá, Te esteja a procurar no lugar errado 

E Te encontres tão perto de mim 

Como o ar que respiro… 

Talvez à mercê do toque da minha mão 

Talvez no odor das flores que me embriaga 

Estás, certamente, dentro do meu coração. 


Diz-me, então, por que me sinto perdida 

Neste silêncio ensurdecedor 

O leito, calado, parece sem vida 

Mas nele permanecem as vozes do amor. 


Vem, Senhor! 

Afaga o meu rosto molhado de pranto 

Deixa que Te sinta na magia do toque dos dedos 

Que gravam na pele a mensagem 

De que só o Amor fortalece e afasta os medos. 


Porque Vós, Senhor 

Não estais apenas no vento 

Nem estais apenas na chuva do meu verso 

Ou nas estrelas que polvilham de luz o firmamento 

Nem estais apenas na brisa que afaga 

E nem neste simples pensar controverso 

Vós estais em todo o lugar e em todo o tempo 

Porque Vós, Senhor, sois o próprio Universo. 


Fazei-nos foco e fé 

Paz, esperança, alegria e amor 

Em Vós nos vemos e lemos, Senhor!

Dulci Ferreira, a autora do texto

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