Como é elegante
Vestida de urze,
Os braços alvos
De pedra secular,
E bem lá no alto
O cabelo de nuvens
Ondula ao vento
Brisa de segredos.
Outrora e agora
No futuro eterna,
Ali estará viva
Tocando o céu
Sua harpa infinita.
Não, não há nada,
Nada apenas meu
Que a escalada
Longe da solidão
Ata mãos e cordas
No ato de subir.
No topo do mundo
Voam as águias
Confiantes no tudo
Nado do Génesis
Da moldagem,
Tal o oleiro
Tal o ferreiro.
Sobe à montanha
E descobre o eco,
Nele ouvirás
A Palavra…
Basta estar atento

Maria Dulce Araujo, a autora do texto