Há quem diga que nos temos de posicionar no nosso lugar. Resta saber, em consciência, que lugar é esse e se escolhemos lá estar.
Se é um facto os indivíduos serem gregários, também é verdade ter cada um a sua personalidade própria, a qual deve ser respeitada e não desvalorizada meramente porque não existem linhas coincidentes.
Ao longo do tempo e das mais variadas formas, somos confrontados com atitudes muito próximas do despotismo.
Mais grave ainda se estamos a falar de responsáveis ao leme das decisões coletivas.
São influenciadores natos detentores de técnicas de comunicação.
À semelhança dos pescadores de arrasto, visam acima de tudo ora os pseudointelectuais seus seguidores naturais ou os empíricos sabiamente conduzidos ao redil.
Onde será então o lugar da vontade própria? Diz-se: só vai quem quiser! Na minha opinião, nestes casos só vai quem não sabe!
À cautela, o melhor é antes de opinar, pensar se tem o conhecimento necessário para perceber e rebater, ou fazer do tema uma bandeira, esquecendo que cada um tem a sua.
Evitava-se tanta coisa!
O fundamental é aprender com a experiência alheia, num ato de humildade, depois de devidamente comprovada a vivência, já que ninguém nasce ensinado e a vida é um livro aberto e o verdadeiro leitor o seu aprendiz.
Cada um tem a sua verdade, sente na pele os efeitos dos fatores externos que o burilam, não devendo ser comparável por defeito a outrem, sob pena de se cair no excesso e atropelar as regras observadas na Carta Internacional dos Direitos Humanos, da ONU.
Maria Dulce Araújo, a autora do texto