18 Dec
18Dec

Quantas vezes já ouvimos “eu não merecia isto” ou “tem o que merece”? 

Muitas, certamente! 

Afinal o que é devido merecer e quem é o merecedor?  

Teria de escrever centenas de linhas sobre a matéria. De facto, perante duas realidades distintas a mesma pessoa não merecia algo e tem o que merece. 

Algo confuso de explicar, mas vejamos: 

Há quem seja pacifico por natureza, mas a “guerra” vem sempre ao seu encontro, há quem seja mauzinho e a vida congratula e premeia, é merecedor? 

Não!  

Tem o que merece?  

Não!    

O que é preciso para ser merecedor de ter o que merece?  

Infelizmente é um dogma. Por muito que alguém se esforce nesse sentido, as coisas acontecem fora do contexto do merecimento, estando a anos-luz da total e constante liquidez de ambas as premissas. 

Surpresas, comportamento da sociedade, ateus do amor, e muito mais, condicionam tudo o que é merecido. Aquilo a que se chama sorte não consta da estrada do tempo do merecedor. 

E o maroto (a) que passa a vida a ser vilão (ã) e nada lhe acontece satisfeito (a) do sorriso do tempo?!  

Não é merecedor (a)!!!  

Então porque é assim?  

De onde vem tal injustiça?  

São as tais centenas de linhas que não escrevo, deixo somente um pensamento: 

O merecimento só acontece na transparência da inalcançável perfeição, onde a atitude pouco ou nada conta.  

O próprio mundo teria de ser perfeito. 

Maria Dulce Araújo, a autora do texto

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