Talvez o primeiro ato temerário de qualquer Ser seja o seu nascimento, o impulso para o desconhecido, companheiro dos conscientes pela vida fora.
Esse primeiro e único momento estará escrito?
Será ele, para além dos genes, portador de desígnios secretos registados pelos Mestres do Alto?
Que mistérios estarão guardados nos cofres do Universo?
Desde sempre existe o medo, o temor perante o incompreensível, ou o temor das forças superiores, enfim, o temor é um fator comum a todos, em que uns o desdenham, outros o desafiam e ainda há aqueles que vivem temerosos de tudo principalmente da opinião alheia, remetendo-se ao exagero da subserviência no sentido lato.
Estará então tudo escrito?
O que é o destino?
Quem se conhece, sente-se, sabe reconhecer os seus limites, sabe atravessar areias movediças sem se enterrar, tem consciência do chão que pisa.
Afinal será o próprio a escrever -se?
Seja como for, ele sabe interpretar as mensagens enviadas por vias diversas.
Como identificar o que não está escrito, para assim evitar ou ir ao encontro do temor?
Analisar os antecedentes condutores ao facto.
Apenas isso carregado de intuição, porque na verdade o Mestre que escreve é o único e soberano detentor da chave.
Maria Dulce Araújo, a autora do texto