11 Sep
11Sep

O sentimentalismo é como flocos de neve, que se derretem bastando para isso o calor de uma mão.  

Já a frieza é um bloco de gelo compacto que se despenha, numa cisão de um todo.  

Embora polos oposto, podem coexistir numa só morada de alma, dependendo da correta gestão dos fatores exteriores que os fazem despoletar, podendo até manifestar-se em conjunto, convergindo para a defesa individual, não devendo nunca servir o ataque. 

Se a vida de “águas mornas” se pode transformar em monotonia, não contemplando as naturais mudanças de temperatura, os “vulcões ativos “ são sempre ameaças destrutivas, não havendo neve nem gelo que lhes contenham a lava, porque o mais forte se sobrepôe ao mais fraco… 

Será? 

Vasculhando bem a atitude, a meu ver é negativo adotar somente a neve ou somente o gelo. 

O equilíbrio necessário faz-se doseando a capacidade de se deixar derreter com o refrear do instinto da dureza gélida.  

Afinal ambos dependem do meio onde se inserem, aí se encontrando uma diversidade de opostos constantemente postos à prova, em julgamento onde o “réu” está pré definido.   

Depois, a natureza de um e de outro é a mesma, ambos são água, logo, apenas diferem no resultado. 

Alimentar o antagonismo é incorreto. 

Não podemos esquecer que somos 60% a 70% de água… 

Coincidência?  

Não!

Maria Dulce Araujo, a autora do texto

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