Também choro escondida na minha força. Porque me comovo quando penso na distância entre polos opostos. Quando sinto na pele a incompreensão e injustiça do confronto, porque o “certo” é a convicção alheia relegando para todo o resto para a ignorância ou inexperiência. Quando me assolam os sorrisos que nunca esqueço, chamando-se a isso, saudade.
A minha oliveira já o testemunhou no dia em que a ventania lhe partiu um ramo crescido de rebento renascido de corte antigo.
A minha oliveira acompanha os meus pensamentos, como se pessoa fosse, que como eu, anseia pela Paz.
A paz no fim das guerras, a paz de espírito, ou o tagarelar das vozes que se amam onde o cansaço não existe…ou não devia existir.
Ah como o Universo é soberano!
Lá onde moram as verdadeiras sapiências, sendo nós gotas transcendentes do espaço infinito cuja leitura está na contemplação, na meditação, na interiorização das evidências onde as lágrimas não precisam ser ocultas.
As outras civilizações, num patamar bem mais avançado que o nosso, provavelmente os futuros professores do amanhã longínquo, saberão derrubar barreiras e cultivar florestas de oliveiras.
Maria Dulce Araujo, a autora do texto