A Natureza é para mim um exemplo:
“Nada se perde, tudo se transforma “.
Tal como Lavoisier o disse.
Ela tem suscitado inúmeras teorias abrangendo diversas áreas da física à biologia, da filosofia à sociologia.
Veja-se como é perfeita, tudo o que lhe diz respeito tem um princípio, até a revolta com que nos brinda quando maltratada.
Desbravo-a sem enxada, percorrendo-lhe os trilhos, cuidando-lhe das raízes, tricotando os fios que me oferece.
Tecendo, só assim compreendo o caminho a percorrer depois de ter atravessado pontes e prados encontrando sempre motivo para ir mais além, com humildade me vergando às sábias do tempo e das árvores aprendendo e partilhando. Essas são as minhas ferramentas.
Porque não a acolhem como a Mãe intemporal?
A veneram na ancestralidade da Avó?
Porque não lhe abraçam os troncos?
Mas não, só a queimam e ela responde com violência e destruição, porque lhe matam as criaturas, lhe roubam energia. Triste veste-se de luto na vastidão.
Não acaba …
Transforma-se!!!
Assim eu saiba e possa sentir a firmeza da sua Terra e a copie como a sua Natureza manda.
Maria Dulce Araujo, a autora deste texto