A verdadeira força não se mostra, ela surpreende quando ativada. Faz parte de todo um processo psíquico e físico, a ser cuidado e trabalhado por via da aprendizagem, fruto da observação e captação seletiva.
Nascemos fortes, fracos ou amorfos?
Uma pergunta sem resposta concreta, por ser tudo dependente da genética…
É uma teoria da qual duvido.
Estamos constantemente num estado de construção e nem sempre o chão que pisamos resiste ao nosso peso.
Desse caminhar incerto emergem de forma reativa, as forças colecionadas dia após dia, conferindo-nos imunidade e alguma consequente fleuma.
A vida confronta-nos com as mais diversas inconformidades, sejam de carácter emocional ou físico sendo por isso necessária essa reserva anímica para fins de superação.
Nunca se deve substimar a capacidade de resistência de ninguém, a determinação pode ser visível no olhar e na voz, mas a força está nos atos, sendo estes a “palavra” final.
Um corpo musculado não é sinónimo de força, a imagem transmitida pode ser intimidante, contudo não significa que seja portador de um correspondente interior.
As pessoas aprendem a ser fortes o que não quer dizer isoladas e únicas.
Elas são geradoras de exemplos que espalham à sua volta, contribuindo para sementeiras e colheitas generosas, conducentes a uma “alimentação” saudável.
Maria Dulce Araujo, a autora do texto