(Construção)
Doi "construir" um corpo a partir de outro. Doi com gotas de amor e pingos de sonho, é preciso despir a mulher e vestir a mãe. Deixar cair a imagem "feita" e afeiçoar-se à verdadeira.
Permitir que a própria vida construa novos seres e novas formas da natureza. Novas cores... sempre intensas, como a força da mulher.
A plenitude da Mulher, não está em ser ou não ser mãe, ser ou não "bela" (afinal... o que é belo para ti, não tem de o ser para mim, certo?).
A plenitude da mulher está (também) na sua capacidade de se saber, de agregar forças, de ser maternal sem ter que ser mãe.
De se empoderar não só a si mesma, mas às suas irmãs também.
Empunhar a espada de luz.
Ser imparcial no seu auto"julgamento".
Estender uma mão C-a-p-a-c-i-t-a-n-t-e (sim.... quantas vezes a mão estendida não capacita?)
Ter faro para o perigo e garras para defender.
Ser capaz de arrancar “_O_ pelo branco” do peito do "urso" adormecido.
Ser e estar em si, consigo própria e presente, e ter nas ancas o bailar da natureza.
Tela: Plena Acrilico sobre tela por Ruth Collaço
Ruth Colaço, a autora do texto