Quantas religiões já marcaram a história? E quantas subsistem atualmente? Desde tempos imemoriais, a religião tem sido um elemento intrínseco à cultura humana, moldando-se de acordo com a língua, os costumes, os medos, o poder e a busca pelo transcendente, dentre outros aspectos de sua época. Muitas religiões surgiram e desapareceram ao longo dos séculos; algumas se fundiram com outros sistemas de crenças, originando novas doutrinas. Outras resistiram às mudanças, mantendo-se fiéis a seus princípios originais. Há ainda aquelas que, após um período de declínio, ressurgiram em novos contextos geográficos e culturais.
Cada geração narra sua própria história, com cores e necessidades únicas. Nenhuma é igual a outra. Podem avançar, mas também retroceder. E cada consciência, como um universo particular, percebe o fenômeno religioso de maneira igualmente diversa. Há convergências de ideias, doutrinas e práticas, existem consensos, mas a experiência religiosa é absolutamente individual. Esta singularidade emerge da nossa essência como seres reencarnantes.
Como seres intrinsecamente necessitados de espiritualidade, encontrar refúgio em uma religião é uma possibilidade válida. Portanto, não existe a melhor ou a pior religião, nem a mais correta. Não faz sentido demonizar ou excluir o diferente como inimigo. Uma postura não inclusiva e exclusivista dentro de uma suposta religião é diametralmente oposta à verdadeira espiritualidade.
Algumas pessoas sentem a necessidade de estar vinculadas a uma religião específica por diversos motivos, enquanto outras não. Isso é problemático? De forma alguma. A ausência de uma prática religiosa não significa a falta de espiritualidade. A história está repleta de exemplos de práticas religiosas antiéticas e, por vezes, desumanas.
A religião não é o único caminho para a espiritualidade, nem para o desenvolvimento da fé. Múltiplas existências em diferentes religiões enriquecem a consciência, proporcionando uma melhor compreensão da jornada do espírito. Uma pessoa que experimentou o xintoísmo pode reencarnar em um contexto católico, e vice-versa. Ao longo de múltiplas encarnações, é essencial vivenciar diferentes perspectivas espirituais para que, em um momento futuro, a prática do bem não dependa mais da adesão a uma religião específica.
O Reiki, por exemplo, não está vinculado a nenhuma religião específica e pode ser praticado por qualquer pessoa disposta a canalizar conscientemente a energia vital. O praticante de Reiki se disponibiliza para sintonizar, através de símbolos, a energia divina do universo. Portanto, não há incompatibilidade com as religiões, pois trata-se de uma prática que integra o ser ao equilíbrio universal e à disposição de servir ao próximo como a si mesmo.
O Reiki pode ser um caminho para o fortalecimento da fé, que não se traduz na crença em Deus, mas em uma consciência, um sentido interno de união com o cosmos. A fé é a percepção interior, autêntica, de pertencimento a algo muito maior e a certeza de que tudo está no seu devido lugar.
Para fortalecer sua fé, pratique o Reiki. Encontre um lugar sereno e sente-se confortavelmente. Trace os símbolos conforme aprendido em seus níveis, e mentalmente, durante 10 minutos de aplicação da energia vital, visualize um raio rosa vibrante e o símbolo Sei He Ki de grande dimensão atuando em você.
Repita para si mesmo a seguinte afirmação:
"Eu sou parte integrante do universo, cumprindo minha trajetória com harmonia e perfeição. Eu sou a Luz em ação. Eu experimento a fé em meu próprio ser."
Concentre a energia Reiki em seu chakra cardíaco. Tente repetir este processo por 7 dias consecutivos e observe as sincronicidades e mudanças em sua vida. Somos cocriadores do mundo exterior e devemos reforçar a premissa de que o mundo espiritual é o mundo original.
Cartas de Cristo. A consciência Crística Manifestada. Curitiba: Almenada Editorial, 2012.PETTER, Frank A. Manual de Reiki do Dr. Mikao Usui. SP: Pensamento, 2020.
Clara Brum, a autora do texto