20 Jan
20Jan

A dimensão espiritual sempre nos fascina. Quem não se sente seduzido por uma boa conversa sobre vivências espirituais? Há sempre muitas histórias e filmes que exploram narrativas instigantes.  Quem não tem medo de assombração? Contudo, esquecemos por vezes de olhar para o cerne da questão que não está no sobrenatural em si, mas no aprendizado que precisa ser assimilado. Todos nós somos sobrenaturais, porque somos espíritos em sucessivas reencarnações.

Primeiro ponto, somos espíritos, sendo que alguns tem um corpo físico outros não. Segundo, estamos todos juntos, por isso ninguém está sozinho. Terceiro, a regra é a da afinidade vibratória. Então somos espíritos, estamos unidos como partícipes da Criação e nos conectamos por afinidade vibratória. Nada está fora, mas tudo está dentro de cada um de nós, ali no ponto central, em nossos corações.

A qualidade de nossas companhias dependerá da qualidade de nossos pensamentos, sentimentos e ações. E não há dúvida de que  a moral dos amigos invisíveis vai estar em sintonia com a nossa, fortalecendo hábitos interessantes ou ruins. Por isso, o sábio dito comum: “me digas com quem andas,  que te direi quem és”.

Enquanto os espíritos incorpóreos, por estarem desnudos do corpo físico,  vêem e são vistos como realmente são, nós  que, no momento, estamos com um corpo físico, podemos nos enganar, pela aparência e verniz social. Sim, momentaneamente, porque  as atitudes podem ser dissimuladas, mas a vibração nunca será. O campo eletromagnético não mente em hipótese alguma. As pessoas podem até mentir, mas a vibração delas não. Nós sentimos isso. Todos nós já passamos por alguma situação em que o interlocutor  nos falou que no íntimo sentimos ser uma inverdade.

Se olharmos com cuidado vamos identificar que nossa dimensão mais forte e importante é a do espírito.  A verdade é que sentimos a vibração do mundo o tempo todo. Mas precisamos prestar atenção, sentir e conhecer como essa conexão acontece de maneira singular em cada um de nós, porque todo o processo é individual.

O processo de iluminação é individual, embora passe pelo coletivo, porque estamos aqui encarnados para aprendermos a respeitar a humanidade que existe no outro. Nós estamos aqui para aprendermos a viver no plano físico, na diversidade, com ética. 

Entre as  reencarnações, quando  na erraticidade, aprendendo lições como espíritos incorpóreos, estamos no horizonte da espiritualidade. Se estamos voltando para o plano físico e, acredite, nós voltamos sempre, é porque a lição deve ser apreendida  e executada no horizonte humano.

A lição no horizonte humano, demasiadamente humano, é a lição da ética, do respeito que não se limita apenas a uma bela retórica, mas na conduta cotidiana. Nas pequenas ações mais simples, nos desafios, em relação aos desafetos que podem contradizer muitas parlamentações.

A sintonização como reikiano traz essa consciência e compromisso em ir para além da retórica e procurar o ajuste de seu próprio caráter, refazer caminhos, romper com padrões de condutas que  não honram a espiritualidade superior. 

O processo é dialético, portanto, progressivo e perene. Fazemos parte de uma trama em que a qualidade da tessitura dependerá da moralidade de nossas ações. O que não podemos fazer é colocar a culpa nos outros, na espiritualidade. Não. Somos nós que escolhemos o tempo todo. Tudo é escolha e para todas as escolhas há uma responsabilização. 

O autoreiki incorporado em nossa rotina nos auxilia a viver os desafios com mais clareza, minimizando o impacto do autoengano, nos ajudando a romper com formas-pensamentos, energias elementais densas e enfermiças criadas por sentimentos, palavras e ações. Nos ajuda a modificar progressivamente o nosso campo vibratório. A autoaplicação diária é o bálsamo para nossa evolução: compreender e respeitar a humanidade. E é por meio da humanidade que vamos atingir a iluminação.

Nossos irmãos que já venceram esse desafio, nos esperam pacientemente e se não conseguirmos agora, poderemos voltar com os mesmos desafios que não conseguimos resolver em nossos corações. Então, use  a energia vital para modificar sem campo vibratório, sua casa, seu local de trabalho. Prefira aplicar o Reiki a criticar alguém, a alimentar vícios, a incentivar  situações que podem ferir o outro. Antes de sair de casa faça um autoreiki, envie o Reiki para os locais que frequentará para desafetos. Use o reiki sem moderação porque é a energia vital que há de  transformar a baixa condição moral que corrói ambientes e até casas espiritualistas. O escambo fluídico é intenso  e ininterrupto, por isso contribua para que ele seja proveitoso. 

A iluminação é individual, mas percorre a aprendizagem no coletivo. Amai-vos...

Clara Brum, a autora deste artigo.


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