07 May
07May

Eis o Mote:

 “A Água também une” 

Quando alguém tiver presente uma visita ao Canal do Suez ou ao seu homólogo no Panamá, vimos lembrar que a Europa tem o Canal de Corinto, que une o Golfo de Corinto ao Mar Egeu e digno de uma visita turística.


Embora com dimensões mais reduzidas, (cerca de seis quilómetros de extensão), é uma história muito mais antiga em relação às duas outras obras de engenharia acima mencionadas. 

A sua construção é retomada entre os anos de 1881 e 1893 e concebida para barcos de pequeno porte, evitando que estes tivessem que contornar cerca de 400 kms. em volta do istmo. 

Com alguns momentos de prazer, torna-se uma viagem inesquecível quando desfrutamos a sua beleza, tanto por via marítima, como  no momento em que o visitante atravessa a ponte ferrovia sobre Corinto e que liga a cidade de Atenas à de Patras.

Cidade de Atenas

Cidade de Patras

Esta obra, foi uma visão do ditador Periandro, também considerado um dos sete sábios da antiguidade Clássica no século VII a.C,

Periandro

No entanto desistiu da obra, por temer a ira dos deuses.

 As pitonisas de Delfos manifestaram uma profecia desfavorável.

Pitonisa de Delfos

Periandro temeu ainda pela ira de Poseidon, o deus supremo do Mar, com receio de uma possível  vingança.

Poseidon

Foi então, em sua substituição, criado um sistema a que lhe deram o nome de “Diolkos”, ou seja, uma estrada pavimentada para transporte por terra, de barcos, sendo na sua maioria de pequeno porte. 

As gerações seguintes a Periandro, não se convenceram com este tipo de transporte e em 307 aC., Demetrios Poliorketes, dá início à construção do Canal, no entanto, a obra seria embargada por engenheiros egípcios. 

Como as escavações já haviam sido iniciadas, temeu-se pelo abalroamento das terras, que poderiam afetar as águas do mar e inundarem a Ilha de Egina

Ilha de Egina

no Golfo Sarónico.

Golfo Sarónico

Já no tempo do Império romano houve o propósito da construção do canal, mas tanto Júlio César como Calígula, não passaram do papel. 

Foi então que o louco Imperador Nero, na época, se bateu até ao fim desta obra, era o ano de 67 aC., mobilizando cerca de seis mil escravos e enviando-os para a região de Corinto. 

Nero viria a falecer, e o seu sucessor o Imperador Galba não quis avançar com a construção. 

Herodes de Ática ainda tentou agarrar o projeto, mas sem êxito. 

Finalmente, em janeiro de 2001, o Ministério das Finanças da Grécia lançou um concurso internacional para a escolha de um novo concessionário para o Canal de Corinto e que seria responsável pela estrutura durante 30 anos, prorrogáveis por mais 10 anos. 

Finalmente o canal de Corinto seria aberto entre a Baía de Corinto e o Golfo Sarónico, cabendo a exploração, a uma Empresa Local.

O vídeo que apresentamos é disponibilizado pelo Canal “Construction Time”.






Francisco Cabral, o autor do texto

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