A poderosa linguagem dos contos e poesia é irmã da linguagem dos sonhos.
Ao longo dos anos parece haver dentro de muitos poetas (psique) uma função poética e artística que se desencadeia quando a pessoa, espontaneamente ou não (dá-me a parecer que com tempo se aprende a evocação) se arrisca a aproximar do núcleo instintivo, selvagem, intuitivo.
O local onde se reúnem sonhos, histórias, poesia, arte e a música.
Tela A4 / Carvão - Papoila ao Vento de Ruth Collaço
O habitat natural da natureza instintiva ou selvagem. Este local parece um ser com vida própria, frequentemente representado na poesia, heterónimos, na pintura, na dança, e nos sonhos e até como poderosos elementos da natureza: os oceanos, os rios, o(s) vento(s), o firmamento...
Deste lugar surgem questões e ideias numinosas através da pessoa que passa pela experiência de "estar preenchida de algo que não o Eu".
E aqui há que não confundir a psique com o ego.
Faz sentido?
Caminhemos!
Ruth Colaço, a autora do texto