Caminho o silêncio, palmilho esta terra
De olhos fechados o sol no meu rosto
As aves que cantam, cigarras farfalham
O verde emoldura a paz que eu tenho
E aves que passam em voos rasantes
Procuram beber, riachos de vida
Canto o silêncio da borboleta e libelinha
Efémeras asas, que sabem voar.
E enquanto a brisa sussurra segredos
Escuto das árvores o seu bailar
As folhas dançantes que caem ao chão
São doces seus gestos ensinam perdão
Eu quero a Gaia
Um hino ofertar
Com notas de amor
E versos gratidão
Pois quando esta noite
A lua espreitar
Terei no meu rosto
A luz do perdão
Ventos Sábios
Ruth Colaço, a autora do texto