Conversa íntima?... que medo!
Há poder no pensamento, na criatividade, na espiritualidade e em mim.
Respiro fundo, inspiro... expiro... três vezes.
O sol começou a raiar e peço que me seja dada clarividência.
Tudo o que eu disser hoje é orientado pela clareza para comigo mesma, decido. Só quando se tem algo a esconder é que se vê a clareza como uma afronta, certo? pois.... e eu de mim não consigo esconder. Como diz o outro "you can run, but you can´t hide!" e sim, vamos lá, eu consigo fazer isto!
Inspiro.
Pode ser muito difícil perceber o que gosto, quero e preciso quando me sinto insegura, magoada, frágil, mas também não sou má pessoa por sentir e aceitar o que sinto, sou só pessoa, sou só mulher, uma mulher. Tenho que estabelecer fronteiras e limites, a mim mesma. É comigo que eu falo, entro então numa espiral de dúvidas e memórias. de lágrimas e uma consciência acutilante e presente.
E dói. Dói sempre.
O foco mais alargado na minha vida deve agora ser, ter e dar atenção ao simbolismo que o meu subconsciente me vai mostrando aqui e ali. Um sorriso, um bichinho, um raio de sol... uma brisa no rosto. como custa estar acordada e presente!
Não obstante também não posso interpretar tudo literalmente.... esta coisa de ser balança, balança muito. Irra!
Levou anos para construir estas vias neurais já bem desgastadas, mas leva apenas 28 dias para construir novas vias.
Começo agora (de novo, como isto cansa!)!
A minha responsabilidade é responder a crises com coragem e responsabilidade. Comando a minha própria consciência e pensamento, preciso estar sozinha com os meus pensamentos e sentimentos.
"Sê ambiciosa como o Universo, nada mais, anda menos" diz-me aquela Voz inquieta que me visita.
Integro assim no meu momento, novas ideias com um foco aguçado. Sinto-me especialmente perspicaz, o que me permite ser curiosa e corajosa perante o espaço sagrado que é o meu inconsciente.
A minha vontade desejo de aprender e crescer encontra-se já estirado e esticado. Pela caminhada aprendi a rir com verdades maiores. Posso até sentir-me só e sozinha na minha visão, mas sei quem não sou, só eu que sei que há três coisas que não se escondem nem e podem esconder: O sol, a lua e a (minha) verdade.
E trato o momento como um momento de louvor e gratidão. Porque é mesmo.
E mais uma vez percebo, e desta vez também o sinto que HÁ poder no pensamento, na criatividade, na espiritualidade e em mim.
Expiro...
E cumprimento o sol.
Ventos Sábios de Ruth Collaço®
20 de Março, 2024
Ruth Collaço, a autora deste texto.
