“Quando olho a minha verdade de frente, na verdade tento dissipar também a minha ilusão. É preciso olhar a verdade sim, mas é urgente olhar para lá da ilusão.”
Aforismos – Ruth Collaço
Dinamarca – Feira Medieval
Com isto medito sobre a verdade de um “Eu”.
O desafio de amar aspetos menos apelativos de nós mesmas pode ser uma tarefa tão árdua quanto a tarefa mais árdua que possa ter sido levada a cabo por uma qualquer heroína.
Por vezes tememos identificarmo-nos com mais do que um “Eu” dentro de nós por medo de parecermos psicóticas.
Contudo ainda que seja verdade que haja pessoas que sofrem de doença psicótica que também vivenciam várias identidades, identificando-nos com elas, opondo-nos ferverosamente a elas, qualquer uma sem doença psicótica pode manter todos os seus EU's interiores de forma ordenada e racional, utilizando-os com proveito criativo, crescendo e prosperando na psique e no espírito.
Para muitas de nós, o facto de cuidarmos e gerarmos afetivamente os nossos EU's interiores é uma tarefa criativa, uma forma de autoconhecimento e não um motivo de inquietação.
Ruth Colaço, a autora do texto