Continuação
Dando continuidade aos capítulos anteriores e de máxima importância, como anteriormente confirmámos, devemos perceber que a densa estrutura física que designamos de corpo e que está sujeita à morte, velhice e doença, não é a realidade.
Nós não somos isso.
Nós somos tudo o que está para além do nascimento e morte.
O pensarmos deste modo, é devido ao controle da mente, a mente com o seu profundo egoísmo, que quer que sejamos assim.
Quer desligar-nos do SER, com base em crenças ilusórias para nos comandar através do medo.
Podemos dar um exemplo de uma crença:
Quando atingimos a idade de escolha de uma profissão, ambicionamos num futuro próximo trabalhar naquilo que sonhamos, por exemplo “sermos engenheiros”.
No entanto e em algumas famílias, o pai diz:
Filho, o pai esforçou-se para que tenhas um futuro próspero, construiu sua própria Empresa, por isso vais dar continuidade e seguir a mesma profissão que eu escolhi, suponhamos, a de Advogado.
O filho com receio de magoar o pai, contra a vontade envereda pela mesma profissão do pai. No entanto sente-se infeliz, porque não era aquilo que ele queria para seu futuro.
Foi baseado nessa crença de não querer ofender o pai, que se limitou a satisfazer seu progenitor, prejudicando o seu próprio sonho e futuro. Não foi honesto consigo próprio...
Temos que ser nós próprios, sermos criativos, amar-nos para que tudo dê certo.
Para que tudo dê certo vivamos nossa própria vida em comunhão com o Não Manifesto. Com humildade saber dizer “Não”.
Dentro de cada Corpo Físico, há um corpo invisível onde se encontra nossa Partícula Divina o “EU SOU”, e sob a sua orientação encontrarmos a nós próprios. É aí que reside a verdadeira felicidade.
EU SOU
Não fora a crença de não querer ofender seu pai, este filho teria uma vida plena de Paz e Quietude fazendo o que mais gostava, experienciando-se através da alegria e para o Todo.
Continuando, nunca devemos ignorar o nosso corpo, nem lutar contra ele, porque ao fazê-lo está a lutar com a sua própria realidade.
Nós SOMOS nossos corpos.
Aquele corpo visível e ténue, é apenas uma parte e ilusória, porque debaixo dele reside o Corpo Interior invisível, a porta para o SER, para a Vida Não Manifestada.
É através do Corpo Interior que ficamos ligados inseparavelmente a essa Vida Única Não Manifesta.
Francisco Cabral, o autor do texto