A Lei do Ritmo
Para compreendermos a Lei, vamos supor um período da nossa vida que tudo nos acontece, como dificuldade, má sorte, tristeza, etc.
Quando esse ciclo acontece, ou seja, um caos em nossas vidas, ansiamos para que a harmonia venha tão rápido quanto possível, embora convenhamos esclarecer:
Sempre vem uma calma no meio do caos.
Vamos agora para uma outra situação:
A nossa vida tem tudo correndo às mil maravilhas, porque o nosso trabalho está tendo êxito, nossa vida amorosa está ótima, as finanças o melhor possível etc.
Concentremo-nos nestes momentos opostos. Precisamente quando estamos naquela fase de ascensão na vida, há o medo da queda deste ciclo e não queremos vivamente que ele acabe. Às vezes até pensamos naquela certa frase:
“Quanto maior a altura, maior é a queda”
Então qual o melhor meio, para não vivermos um ciclo de catástrofe ou um ciclo de bonança?
Será mantendo um equilíbrio de vibração. Não oscilamos demasiado para um polo nem para outro polo.
É aqui, que aplicamos a chamada Lei ou Princípio do Ritmo
O princípio do ritmo e da polaridade andam juntos, porque como podemos observar, todos os princípios têm relação uns com os outros, no entanto não podemos falar do princípio do Ritmo, sem falarmos do Princípio da Polaridade.
Haverá a existência de uma neutralização que podemos utilizá-la a nosso favor, não ficando pulando entre um ciclo e outro?
Vamos então fazer uma análise profunda, do Princípio do Ritmo:
O Ritmo é a compensação
Este Princípio assegura que tudo no universo é cíclico e que, por sua vez, os ciclos são formas de complementação, em um movimento de expansão e contração, criação e destruição.
Tudo se compensa naturalmente.
Voltemos ao início do texto:
Qual a prevenção, para não oscilarmos permanentemente de um polo para outro?
Segundo o livro Caibalion, ele dá-nos a resposta que, o ritmo é a compensação.
A Natureza movimenta-se, quando o Fluxo e refluxo são proporcionais entre dois polos.
Vamos observar as Estações do Ano, olhando um pouco para o ciclo da Natureza.
Por exemplo:
Não vivemos um eterno Inverno.
Como seria realmente catastrófico, viver um eterno Inverno.
No entanto damos valor ao frio, porque também já sentimos o calor e é essa a razão por que cada estação, tem um papel importante na Natureza.
Reparemos que certos animais e plantas, só se vão desenvolver numa determinada estação, por isso cada ciclo sazonal tem uma importância, porque ele também é importante em nós.
Normalmente quando entramos no Inverno, resguardamo-nos, ficamos mais em casa, em recolhimento, temos mais tempo para refletir.
No entanto no Verão, temos mais a tendência para sair de casa, ir até à Praia, estar mais em contacto com a natureza. Outros gostam mais de frequentar os bares, se divertirem com os amigos.
Embora seja um tanto monótono, o Inverno é mais válido para nós.
É por isso que as estações sazonais existem.
Era totalmente impossível para o Ser humano, assim como para a própria Natureza a que pertencemos, viver um frio intenso ou um calor sufocante o ano inteiro.
Razão por que os extremos são desconfortáveis e para o caso dos seres vivos, podem levar à morte.
Falando de vibrações humanas e referindo-nos a um Universo Vibracional em que tudo é mental:
As maiores vibrações, são as nossas próprias emoções.
Então, quem busca viver uma alegria extrema, também vai lidar com uma tristeza extrema.
O Ritmo é a compensação.
Podemos aqui perceber, como o Ritmo é importante; sempre devagar, seguindo o fluxo das marés, respeitando cada ciclo.
Todo o Universo manifestado é Dual.
Universo Dual
Há sempre uma margem em que podemos transitar, para além do centro:
Quando se fica super alegre, consequentemente também se fica super triste. O pêndulo gira. Então a compensação é o ritmo, porque ele dá-nos uma margem com segurança para ambos os lados.
Mas existe uma margem, que podemos transitar para além desse centro.
De vez em quando tanto fico mais eufórico, como mais triste.
São fases que nos vão alertando (ensinando) para algo.
Quando fazemos este pêndulo ir de um extremo a outro num ritmo acelerado, os resultados são puramente catastróficos.
É como numa estrada com permissão de viajar a 50 Km/h irmos a 200 Kms hora.
Quando há uma transição de oscilações, do alegre para o triste, surgem estados de saúde anormais, tais como a bipolaridade ou maníaco depressivo.
Podemos exemplificar:
Uma pessoa vive um estado de depressão. Normalmente, e para naquele momento sair dessa situação, busca uma fonte de prazer: Utiliza a droga.
Sim, porque há drogas que manifestam um prazer e uma alegria, que a pessoa não tem. Então a pessoa sente naquele momento uma alegria ou autoestima bem forçada.
Resultado; No dia seguinte volta a mergulhar nessa mesma depressão. Novamente recorre à droga e assim sucessivamente.
Qual é então a consequência, quando este extremo é muito intenso?
Normalmente é uma perda inestimável, desprezando a própria vida em si.
É por isso que o ritmo é fundamental para este processo.
Uma pessoa que vive na harmonia, tem ritmo e normalmente não oscila tanto.
Pessoas com paixões demasiadas, normalmente têm deceções na mesma proporção.
Segundo os estoicos, influenciados por Zenão de Cício, eles lembram que nosso tempo é curto e devemos vivê-lo da melhor forma possível, sendo firmes, fortes, controlando nossos impulsos e nossa capacidade de raciocinar.
Zenão de Cício
“Para o homem, o ideal é um sereno contentamento”
Evitemos os excessos porque se eles forem muito grandes, mais para a frente a vida se vai abreviar.
Recapitulando, aprendemos que tudo possui dois polos (Princípio da Polaridade) e que nada está parado, tudo tem uma vibração (Princípio da Vibração). O Princípio do Ritmo, diz-nos que o Universo é regido por um movimento semelhante ao pêndulo, ou ciclo, ou seja tudo tem um fluxo e refluxo, tudo sobe e desce...
Francisco Cabral, o autor do texto