Com palavras se vestem dores, saudades. São as palavras que refletem no espelho da vida que nos fazem sentir vida de perto, na pele, na alma.
Quando se dança com a saudade e se passeia com a sombra, quando é imperativo que a alma transborde, torna-se constante o calar das vozes que nos habitam e gritar a dor que nos invade.
É na flexibilidade, na vulnerabilidade, na expansão e nudez de coração que eu encontro a minha saída, a minha cura para esta condição de estar viva. Na origem de cada sonho pode estar um pesadelo, na origem de cada ferida, está também a cura.
Basta que alma se recolha, respire e aceite.
Terei eu coragem de encontrar a cura exatamente onde se encontra a ferida?
Quem sou?
Sou saudade,
liberdade,
ventre,
entranhas
e paixão.
Sou paz... amor,
sou também quem bebeu a sua dor.
Sou mulher e Permito-ME!
Tudo... tudo o que necessito é estar aqui
Presente
Lúcida
Grata
Plena
Inteira de mim e da minha verdade
Consciente da minha vontade
Bondade?
Maldade?
Escolha.... De ser eu!
Sem filtros, julgamentos.
Espelho meu
Espelho meu...
Quem me conhece melhor que eu?
Quem conhece o meu medo
Quem merece o meu desejo?
Quem melhor que eu
Conhece todo o meu enredo
Aqui
Agora
O que foi não mais será
Mas o que vier
Quem me dará
Senão eu
O direito de ser feliz
Escorregar pelo arco-íris
Abrir os braços à vida e gritar
Ruth Colaço: Autora da Poesia