03 Dec
03Dec

Com palavras se vestem dores, saudades. São as palavras que refletem no espelho da vida que nos fazem sentir vida de perto, na pele, na alma. 

Quando se dança com a saudade e se passeia com a sombra, quando é imperativo que a alma transborde, torna-se constante o calar das vozes que nos habitam e gritar a dor que nos invade.

É na flexibilidade, na vulnerabilidade, na expansão e nudez de coração que eu encontro a minha saída, a minha cura para esta condição de estar viva. Na origem de cada sonho pode estar um pesadelo, na origem de cada ferida, está também a cura. 

Basta que alma se recolha, respire e aceite. 

Terei eu coragem de encontrar a cura exatamente onde se encontra a ferida?

Quem sou?

Sou saudade, 

liberdade, 

ventre, 

entranhas

 e paixão. 

Sou paz... amor, 

sou também quem bebeu a sua dor. 

Sou mulher e Permito-ME! 

Tudo... tudo o que necessito é estar aqui 

Presente 

Lúcida 

Grata 

Plena

Inteira de mim e da minha verdade 

Consciente da minha vontade 

Bondade? 

Maldade? 

Escolha.... De ser eu! 

Sem filtros, julgamentos. 

Espelho meu 

Espelho meu... 

Quem me conhece melhor que eu? 

Quem conhece o meu medo 

Quem merece o meu desejo? 

Quem melhor que eu 

Conhece todo o meu enredo 

Aqui 

Agora 

O que foi não mais será 

Mas o que vier 

Quem me dará 

Senão eu 

O direito de ser feliz 

Escorregar pelo arco-íris 

Abrir os braços à vida e gritar 

“Permito-me”;! 


Ventos Sábios - Ruth Collaço®

Ruth Colaço: Autora da Poesia

Comentários
* O e-mail não será publicado no site.