Continuação
O Pinóquio ficou muito zangado.
Tinha fome, frio e estava cansado
E, sem saber muito bem o que fazer,
À lareira se sentou para se aquecer
Rápida e profundamente adormeceu.
Entretanto, Gepeto saiu da prisão
E, feliz, logo para sua casa correu,
Mas com alguma preocupação.
Viu o Pinóquio com fome, frio e cansado,
Mas bem aconchegado junto à lareira.
O bom Gepeto ficou bastante admirado,
Pois tinha queimado os pés de madeira.
Este menino portava-se mesmo muito mal,
Mas o bom homem castigá-lo não conseguia,
Pois sabia que ele era uma criança desigual
E que não podia ter tudo o que pretendia.
Deu-lhe umas peras para ele comer.
Terno, a mão pela cabeça lhe passou
E tudo o que, triste, lhe conseguia dizer
Foi prometer-lhe os pés que queimou.
Um menino a sério precisava parecer
Para a escola também poder ir estudar:
“Aquilo que para já vou ter que fazer
É comprar roupa para te agasalhar”.
Continua
Aline, a autora da poesia