O que nos liga ao Universo, esse imenso útero, é um cordão umbilical de Terra gravitando em movimento contínuo, recolhendo histórias produzindo memórias, após o que nos alimenta no intuito de crescer.
Há tantas pontes por esses céus unindo margens, escrevendo mensagens como se as estrelas fossem papel, arrumadas por mão invisível no desenho das constelações. Falamos com elas em silêncios de brilho no mais profundo do olhar, mesmo que o sol nasça gente e seja o parteiro da vida estendida ao alcance dos nossos braços, que um dia apontarão a rota.
Nascemos todos os dias nas horas serenamente calmas ao mergulhar na vida espiritual, meditando entregando os sentidos numa evasão física.
A todos neste mundo, o Universo concede um arado para que possamos cultivar a luz necessária e encher o vazio.

Maria Dulce Araújo, a autora desta poesia/pensamento.