Continuação
As flores disseram-lhe o que ele tinha de fazer:
era da sua flor gostar e dela muito bem cuidar,
tapá-la com um manto para do frio a proteger
e dar-lhe sempre de beber para a sede lhe matar.
E continuaram-lhe as flores a dizer:
- O mais importante de tudo é sempre o amor,
porque é muito bom amar uma flor.
A raposa disse que isso temos que fazer.
Como a raposa vivia ali muito perto,
o principezinho logo a quis conhecer.
Achou-a bonita quando com ela foi ter,
contando-lhe o que tinha descoberto.
Disse-lhes que amigos andava a procurar,
pois no seu planeta só tinha a sua flor
e que muitos mais queria encontrar
e poder partilhar com todos o amor.
Convidou a raposa para com ele brincar.
Ela disse-lhe que não podia aceitar,
porque ainda presa a ele não estava
e o menino não compreendia nada
E, com curiosidade, à raposa perguntou
o que era estar presa. E ela o informou:
- Ah! Pois tu não és de cá, mas vou-te contar:
primeiro temos que nos ligar e laços criar!
O menino logo soube que à sua flor era ligado.
A raposa perguntou-lhe se queria ser seu amigo
e o principezinho também teve que lhe dizer
que se ia embora e não a podia levar consigo
- E quando eu partir? Como é que vai ser?
- As saudades vão existir no nosso coração,
Claro! Mas isso só temos que compreender
que mesmo à distância podemos ter união.
Aline, a autora da poesia