Continuação
“O teu amo é uma simpatia!”
E, grato ao gato, uma festa fez
Que, vaidoso e com alegria,
Pensou ao palácio ir outra vez.
Passados dias, duas perdizes caçou
E levou-as ao rei, que as aceitou.
De novo ao amo mandou agradecer,
Um amigo assim era um prazer ter.
Um dia, o gato ouviu comentar
Que o rei e a filha iam passear.
Logo pensou e o seu amo convidou
Que, feliz, aquele convite aceitou.
“Faz tudo o que eu pedir”
–Disse o maroto gato, a sorrir
–“Que de nada te arrependerás
E verás do que eu sou capaz!”
Chegou o dia para o passeio combinado,
O gato, que em tudo já tinha pensado,
Muito satisfeito com o amo a seu lado,
Já sabia como o rei ia ser enganado.
Com grande firmeza ao amo ordenou
Que despido ao lago tinha que se atirar.
O rapaz, decidido, para a água saltou,
Esquecendo-se de que nem sabia nadar.
Continua
Aline: Autora da poesia