09 Aug
09Aug

O Filho Pródigo 

S.Lucas 15:  11-32 

Um bom homem 2 filhos viu nascer 

Que julgava muito bem conhecer 

Mas certo dia ficou desiludido 

Com o que lhe tinha sido pedido 


O mais novo a sua herança pediu 

E o bom pai com os 2 reuniu 

Tristemente acabou por concordar 

O desejo do seu caçula realizar 


Muito iludido o rapaz de casa saiu 

Para uma região distante foi viver 

Levianamente seus bens destruiu 

E a miséria acabou por conhecer

Muita necessidade começou a passar 

E um emprego teve que arranjar 

Naquela região um patrão procurou 

E para sobreviver a trabalhar começou 


Foi de porcos que teve que cuidar 

Sem ter com que se alimentar 

Nem vagens de alfarrobeira podia comer 

Desesperado não sabia o que fazer

Arrependido do que fez triste pensava 

Nos empregados que seu pai tão bem tratava 

A nenhum do essencial não faltava nada 

E ele como seu filho até fome passava 


Ambicioso a seu pai perdeu o respeito 

E cheio de fome resolveu voltar 

Para a casa que foi o seu lar 

E a que tudo sempre teve direito 


Sem saber ao certo o que fazer 

Imaginou o que lhe dizer 

No perdão de seu pai com alegria pensou 

E algumas palavras decorou 


Pai, contra o Céu e contra ti pequei 

Com muita ambição a aventura procurei 

Não sou digno de teu filho ser chamado 

Mas recebe-me como teu empregado 


E muito confiante com o seu pai foi ter 

Que quando o viu muito feliz ficou 

E com todo o seu amor lhe confessou 

Que o amava e não o queria perder 


De imediato os seus empregados chamou 

Para o vestirem do melhor ordenou 

Umas sandálias nos seus pés calçar 

E um anel no seu dedo voltar a brilhar

Disse ainda: vamos matar o bezerro cevado 

Um milagre na minha vida aconteceu 

Julgava o meu filho morto e ele apareceu 

E com humildade voltou para o nosso lado 


O irmão mais velho do campo chegou 

Perto de casa ouviu cantar e dançar 

E ao seu empregado logo perguntou 

O que na verdade se estava a passar 


Com entusiasmo tudo lhe contou 

Zangado não queria em casa entrar 

O seu pai com insistência o chamou 

Para a vinda do irmão festejar 


Ao pai manifestou, o seu desagrado: 

Eu que estive sempre ao teu lado 

Nunca me mataste um bezerro cevado 

Confesso que estou um pouco zangado

Disse-lhe o pai com muita emoção: 

Filho, tu sempre estiveste comigo 

Tudo que é meu é teu de coração 

Por nunca do meu lado teres saído 


O teu irmão estava morto e reviveu 

Fica por ele tão feliz como eu 

Tão maltratado voltou arrependido 

Portanto não merece qualquer castigo 


A parábola do filho pródigo terminou 

Ninguém deve julgar para não ser julgado 

Pois Deus os seus filhos todos amou 

E o perdão é sempre por ele abençoado

Aline, a autora da Poesia

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