Continuação
Batizaram-na de gata borralheira
A doce menina muito triste ficou
O chão da cozinha junto à lareira
Foi a cama negra onde se deitou
O pai sempre ausente de nada sabia
A menina só perto dele queria estar
De tanta tristeza nem sequer sorria
Com saudades de não o ver chegar
Um dia o rei mandou um pregoeiro
Uma grandiosa festa anunciar
Os 18 anos do príncipe herdeiro
Para todos poderem festejar
As ricas e as nobres donzelas
Foram para a festa convidadas
E todas queriam ir muito belas
Para serem pelo príncipe desejadas
A gata borralheira foi chamada
Pelas irmãs para a roupa engomar
Triste por ser tão maltratada
Pois só a mandavam trabalhar
Muito felizes só a humilharam
Dizendo que não a podiam levar
E dizendo adeus a porta fecharam
Deixando a bela menina a chorar
Continua
Aline, a autora do texto