Era uma vez uma linda pretinha
Ágil e sempre bem arranjada
Que se chamava carochinha
E gostava da cozinha arrumada
Um dia ao varrer cinco reis achou
Excitada e a pular de contente
O seu pequeno avental tirou
E pôs-se à janela bem sorridente
Vestida de preto como gostava
Perguntava a quem passava
Quem quer casar com a carochinha
Que é pequena mas engraçadinha
Do alentejo um porco que passava
Gordo e muito bem tratado
Disse logo que com ela casava
Para a ter sempre a seu lado
O que comes? logo perguntou
De tudo, não sou esquisito
A carochinha a pensar ficou
Mas logo disse; não és bonito
O porco triste e envergonhado
Não ficou mesmo nada contente
E embora ficasse atrapalhado
Voltou-lhe as costas de repente
Continua
Aline, a autora da poesia