PRINCÍPIO DA CORRESPONDÊNCIA

O QUE ESTÁ EM CIMA É COMO O QUE ESTÁ EM BAIXO, E O QUE ESTÁ EM BAIXO É COMO O QUE ESTÁ EM CIMA.

Foto: Jackson David - Unsplash

Podemos expressar esta frase simplificando-a do seguinte modo:

O Deus que está no Céu é o mesmo Deus na Terra dentro de mim”.

“Eu Sou o que Eu Sou”, ou seja, a Presença de Deus Individualizada em Nós.

Quando o homem descobrir a chave desta Lei Universal, tem a capacidade de ver para lá dos obstáculos que encobrem a nossa visão para o  Desconhecido. Muita coisa que nos era vendada passamos a compreender, porque Ela explica todos os paradoxos obscuros e os segredos da natureza.

O Homem fica habilitado a raciocinar com inteligência, do conhecido para o desconhecido.

Começa a perceber a Não-Localidade, aquilo que vai além do espaço e do tempo.

Percebemos que a partícula em nós, é como um holograma. Em cada um de nós, o Todo está integralmente manifestado.

Resumindo a Lei do Paradoxo:

O TUDO ESTÁ NO TODO e é também verdade, que O TODO ESTÁ EM TUDO.

Sendo assim concluímos que o Universo é mental. Tudo o que está incluído no Universo emana da mesma Fonte, onde as mesmas Leis, Princípios e Características, são aplicadas em cada unidade, ou combinação de unidades. Então,

O Todo habita em cada partícula, unidade  ou combinação, dentro do nosso Universo, porque Tudo está na Mente do Todo.

No entanto não somos o Todo, mas parte Dele.

Vamos exemplificar:

Um pintor forma uma imagem que deseja expressar na sua tela. Enquanto essa imagem existir só na sua mente, ela vai permanecer e habitar na imagem mental, sendo esta imagem mental  objeto do seu pensador.

Chegamos à conclusão que as obras de todos os grandes autores, existiram só na mente, quando foram criadas.

Podemos afirmar que cada autor existiu nos caráteres de sua obra que, e exemplificando numa peça de teatro, porque lhe deu vitalidade, espírito e ação.

Cada caráter tem um espírito e realidade, representando também o poder espiritual e mental do seu criador.  Sintetizando, e continuando a exemplificar uma peça de teatro:

“A obra, é a própria obra encarnada no palco através do actor, mas também é o Autor, e o mais interessante é que o espírito do criador da obra está no actor, no entanto, ele (actor) não está, nem é o Autor”.      

Isto quer dizer, que somos parte do Todo. Não somos o Todo.

A diferença é:

Tudo que criamos são imagens na mente finita, ao passo que o Universo é uma criação da Mente infinita.

Embora aplicando o mesmo princípio, o  da “Correspondência”, os polos variam em função do grau de evolução. Há uma avaliação na escada do caminho para o Divino, e como tudo se move em cima e em baixo, apenas depende de como se realiza e manifesta o espírito em nós.

Como no Universo existem diversos planos de existência, subplanos de vida e graus de existência, que vão desde a matéria até ao mais próximo do  Espírito do Todo, o percurso é uma tarefa, mais ou menos longa, que irá depender da  nossa evolução espiritual.

Até que ponto damos sentido a este princípio?

Como o Todo é perfeito, se mantivesse a sua perfeição ficaria na quietude e não havia criatividade, porque tudo já era criado.

É então que o Todo, Mente Universal ou Fonte, como lhe queiramos chamar e por Sua vontade através  de experiências, inicia, o ciclo de Criação Mental, e ao se envolver, permitiu-se que estas criações, co-criassem, pelo abaixamento de  Sua própria vibração a níveis muito densos, numa involução sucessiva, para no retorno à evolução, trazer as experiências destas criações.

Fazendo uma pequena comparação:

O escritor ao se  envolver na sua criação mental vive nela durante algum tempo, ao ponto de se esquecer que ele próprio existe. No entanto vai experienciando essa sua criação.

Continuando, e já no caminho da evolução, há uma tendência para a individualização, ou seja, a ilusão que tudo está separado do Uno.

À medida que ascende espiritualmente e após eons de experiências, inicia uma verdadeira revolução interior. Subindo uns degraus da sua escada da vida, utiliza o processo de meditação começando a dar atenção ao conceito de unidade, percebendo que é parte do Todo e que com a progressão, num determinado momento

Criatura e Criador são confundidos.

Ao atingir o Estado de Iluminado, conclui-se mais uma experiência do Criador.

Publicado em
30/9/2021
na categoria
Espiritualidade
Clique para ver mais do autor(a)
Francisco J. Cabral

Mais do autor(a)

Francisco J. Cabral

Ver tudo