A palavra cura frequentemente está presente em nosso cotidiano, em nossas conversas, livros, artigos, palestras e meditações. Sem dúvida, é algo que buscamos. Mas será que sabemos realmente o que significa?
Falamos em cura energética, espiritual, prânica, quântica, vibracional, multidimensional, dentre outras designações. Todavia, em nossas maneiras de ser e agir nem sempre evidenciamos envolvimento pessoal para que ela se concretize em nosso ser. Por quê?
Em geral, o senso comum compreende a cura de um modo muito curioso, como algo imediato, um passe de mágica ou uma condição que será alcançada graças ao poder de outrem e/ou de uma instituição com um poder curador, sem precisar muito esforço do receptor. Será?
A palavra cura decorre do latim cura, curae e significa cuidado, ato de cuidar, de vigiar. Ter cuidado é ter atenção e, neste caso, conosco. Ao desejarmos a cura, estamos a desejar o cuidado com nossas escolhas, nossos pensamentos, nossas ações porque cada um desses elementos afeta diretamente a nossa saúde física e interfere no nosso campo vibracional atraindo para o cotidiano situações e pessoas em conformidade com o que entregamos ao mundo.
Certa vez Mikao Usui, sistematizador do Reiki Usui, observou que algumas pessoas recebiam a vibração Reiki, melhoravam, mas algum tempo depois voltavam a sentir as mesmas dores. E ao pesquisar identificou que elas não mudavam de hábitos, não mudavam o padrão de seus pensamentos e suas ações, logo não se curavam.
Então, nada está fora de nós. Tudo depende de nosso interior. Tudo depende do que pensamos, sentimos, escolhemos e realizamos no plano da concretude. Como somos sujeitos morais, realizamos fatos morais e a forma como impactamos a vida das outras pessoas, sejam conhecidas ou não, também reverbera sobre nós.
A cura é exatamente o ato de cuidar de si que nem sempre está conectado com a cura física. Por vezes, é a doença que na sua missão de despertamento, nos reconduz ao caminho do autocuidado. Este começa pela transformação interior que provoca uma nova mentalidade em relação a crenças limitantes que em regra estão na base das enfermidades.
A cura é um processo que não está fora de nós, mas dentro, requer empenho e coragem e, necessariamente, perdão. Por quê? Porque ninguém pode desejar ser curado de uma enfermidade carregando dentro de si sentimentos que adoecem. Não há cura sem perdão.
O outro poderá nos ajudar? Sim, sempre. O outro pode nos ofertar um excelente campo vibracional e energético para seguirmos adiante. Ao longo do dia, preste atenção em você, medite, peça, perdoe e ore. O Mestre dos mestres disse “Peçam, e lhes será dado: busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mateus, 7:7).
Referências:
BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz. Um guia para a cura através do campo de energia humano. São Paulo: Pensamento, 2018.
DE' CARLI, Johnny. Reiki: Apostilas oficiais. Instituto brasileiro de pesquisas e difusão do reiki. 11. SP: Isis, 2020.
FRAZIER, Karen. O pequeno livro da cura vibracional e energética. Práticas simples para equilibrar a saúde do corpo, da mente e do espírito. São Paulo: Pensamento 2021.
KARAGULLA, Shafica; KUNZ, Dora van Gelder. Os chakras e os campos de energia humanos. 14. ed. São Paulo: Pensamento, 2019.
MCKENZIE, Eleonor. A bíblia do Reiki. O guia definitivo para arte do Reiki. São Paulo: Pensamento, 2010.
PETTER, Frank A. Manual de Reiki do Dr. Mikao Usui. SP: Pensamento, 2020.
TUTU, Desmond; TUTU, Mpho. O livro do perdão. Para curarmos a nós mesmos e o nosso mundo. Rio de Janeiro: Valentina, 2014.