Minha escrita tem a simplicidade de uma xícara de chá, de um vestido de chita, do lugar onde eu vivo...

Tem o cheiro da margem de um rio de água doce, de marcela colhida no campo, de um campo onde a vista se perde.

Tem o tom da minha voz, tem a nota, o sentido que eu dou, tem o que eu sinto o que eu sou.

Tem a minha palavra tatuada, minha vida rabiscada, rimada, anotada.

Tem o retrato da minha alma, tem a minha verdade crua, minha consciência nua. Nada além do que preciso, do eu quero, traços simples de uma pessoa comum.

Que usa e abusa de metáforas para enfeitar os dias, para contar das tristezas, das alegrias.

Fala mais do que eu, pensa bem mais do que eu, revela muito mais do que eu...

Chega e me toma, por que vem de mansinho e eu não sei resistir a certas delicadezas.

Usa de transparência e singeleza para me inspirar, convencer.

Sabe como me ganhar.

E por ser assim tão minha.

E como o chá revelar meus aromas, me ganha, sempre ganha...

Publicado em
28/10/2021
na categoria
Espiritualidade
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Rita Maidana

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