Individualismo religioso católico e críticas à igreja católica
Nos séculos XIV e XV, acreditava-se estar na presença de castigos divinos pelos pecados cometidos, o que levou à ideia de o fim do mundo estar próximo.
Esta ideia refletiu-se, principalmente na religião e suas heresias. Heresia que fez despoletar a curiosidade da população sobre a fé católica.
Curiosidade esta que deu origem ao cisma do ocidente (1378 a 1417)
A igreja apresentava uma imagem de desunião, onde não apoiava os seus crentes, e o cisma do ocidente manteve a cristandade dividida em 2 papa:
· O papa residia em Roma;
· O papa residia em Avinhão.
Após o fim do cisma, em 1417, a crise da igreja contínuo.
Os papas do renascimento não foram modelos de virtudes nem de concórdia cristã.
Os maus exemplos frutificavam à muito no seio da heresia religiosa.
· Bispos e Prelados acumulavam benefícios e ausentavam-se das paróquias;
· O clero regular revelava-se ignorante e relaxado.
A cristandade reagiu com violentas críticas à igreja e fazendo alterações nas práticas religiosas.
As práticas religiosas:
Após a queda da igreja cristã, muitos caíram na superstição e no fanatismo.
A feitiçaria ganhou adeptos e na Alemanha, nos Países baixos e em certas regiões da França eram frequentes procissões flagelantes.
Outros utilizaram o Devotio Moderno, uma forma de piedade mais individualista. (Manual)
Um movimento de renovação apostólica do final do século XIV até o XVI, onde homens e mulheres procuravam orientar suas vidas pelos ideais do cristianismo primitivo, despojando-se de bens materiais e praticando exercícios de ascensão espiritual.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Devotio_Moderna
As críticas à igreja:
Wiclif, professor em Oxford, em 1380, pôs em contesta a utilidade do clero e o valor dos sacramentos.
As suas ideias foram bem recebidas, na Boémia, por parte de Jan Huss, reitor da universidade de Praga.
Este defendia a criação de uma igreja nacional, desligada da obediência ao Papa.

Jan Huss foi condenado á morte como herético no concílio de Constança, em 1415. Tal como o monge Savarola que também morreu na fogueira, em 1498, pois, atrevera-se a denunciar os vícios do clero e do Papa Alexandre VI e incentivou a revolta contra a família Médicis
As críticas à Igreja Católica começaram a surgir de diversos religiosos que eram contrários à ostentação e ao desvio do celibato que muitos clérigos praticavam.
(https://www.acervoescolar.com/reforma-protestante)
Criticaram:
• A corrupção e a hipocrisia do clero;
• A ambição dos Papas, cardeais e bispos
A heresia religiosa estava no centro de toda a revolta e associado a esta heresia esteve o movimento dos lolardos, padres pobres que se aliaram aos camponeses na luta contra os senhores.
Os humanistas com a sua palavra como Erasmo criticaram todos os abusos da igreja, preparando-se para a Reforma.
A Rutura teológica:
A questão das indulgências:

Martinho Lutero foi o responsável por iniciar a Reforma Protestante na Alemanha, que teve início em 1517.
Este era obcecado pela salvação da alma e este problema inspirou-o para uma rutura teológica no seio do cristianismo.
Que ficou conhecido por Reforma protestante e foi despoletada pela questão das indulgências.
As indulgências consistiam no perdão/remissão das penas devidas pelos pecados perdoados.
Entre estas penitências constavam:
· As orações;
· Os jejuns;
· As peregrinações;
· E inicialmente, no caso de a saúde dos crentes não o permitir, a oferta de somas de dinheiro.
(Estas somas de dinheiro deram origem a expressão venda/compra de indulgências)
O Papa Leão X autorizou a venda de indulgências, em 1515, por toda a Alemanha do Norte, pois necessitava de dinheiro para prosseguir com a obra da Basílica de São Pedro do Vaticano.
Esta autorização fez com que os crentes acorressem a compra de indulgências para em seu próprio benefício e no das almas de falecidos.
Continua...
Autora: Daniela Silva
Santiago de Cassurrães, Mangualde, Viseu, Portugal